segunda-feira, fevereiro 26, 2007

bem-me-quer...


... muito... pouco... ou nada...

ai se eu pudesse...


... cortar essas amarras que te prendem à terra de ninguém...

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Pois é...


... por vezes é melhor assim, sem palavras...

terça-feira, fevereiro 20, 2007

a jarra


- Sabes minha velha, o que realmente interessa é a jarra... as flores são bonitas mas morrem demasiado rápido! Agora a jarra, essa fica...
- Ó meu velho, estás mesmo a ficar um velho jarreta!

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Fantasmas


... são tantas as fantasias que acompanham os nossos sonhos...
... mas são muitos também os fantasmas que as atrapalham...

Carnavalesco




- Não te entendo! - disse-lhe ele, com um encolher de ombros.
- Não faz mal... - respondeu ela - eu também não...


Memórias...


... que se vão desvanecendo...
O que resta de tudo isto?

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

O caderno


Naquela noite, pegou no pequenino caderno que o pai lhe dera e começou a adivinhar-lhe o sentido.
As palavras que leu rolaram pela sua face na forma de lágrimas.
Fez uma pausa para recuperar forças e aproveitou para sacudir as lágrimas. Sacudiu também as palavras que se liam nas entrelinhas e o pequenino caderno, que recebera do pai no dia em que nasceu, ficou de novo em branco à espera de ser escrito outra vez.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

O palhaço


Todas as noites, o palhaço pintava a cara, vestia o fato de brilhantes e fingia ser gente.
Um dia, ficou gente para sempre e nunca mais lavou a cara nem tirou o fato de brilhantes.
O circo perdeu um talento.
A humanidade ganhou mais um palhaço.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Sonhos e cotonetes


Noutra noite, sonhei que as ruas da minha cidade eram patrulhadas por formigas gigantes, do tamanho de gente, que marchavam com cotonetes às costas.
Sempre que apanhavam alguém a prevaricar, sacavam da sua cotonete e limpavam os ouvidos ao malfeitor. Depois segredavam-lhe: "Não deves fazer isso!"
Com as suas antenas faziam uma dança irreconhecível e, com um enorme sorriso, diziam: "Já está! Agora vai e esquece o ontem... para ti só existe o "agora" e exactamente agora, e daqui para a frente, és uma boa pessoa!"
Na minha cidade que era Lisboa e não era - era um misto do real com o imaginário - deixou de haver criminalidade e os homens e as formigas gigantes coabitavam e eram amigos.
O meu sonho terminou quando, ao passar por uma rua em Alcântara, encontro um grupo de meninos pessoas e um de meninos formigas gigantes de mãos dadas numa roda de sorrisos...
Acordei sobressaltada e a cantar: "Eles não sabem nem sonham, que o sonho comanda a vida..."