segunda-feira, fevereiro 26, 2007
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
terça-feira, fevereiro 20, 2007
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
O caderno
Naquela noite, pegou no pequenino caderno que o pai lhe dera e começou a adivinhar-lhe o sentido.
As palavras que leu rolaram pela sua face na forma de lágrimas.
Fez uma pausa para recuperar forças e aproveitou para sacudir as lágrimas. Sacudiu também as palavras que se liam nas entrelinhas e o pequenino caderno, que recebera do pai no dia em que nasceu, ficou de novo em branco à espera de ser escrito outra vez.
terça-feira, fevereiro 06, 2007
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
Sonhos e cotonetes
Noutra noite, sonhei que as ruas da minha cidade eram patrulhadas por formigas gigantes, do tamanho de gente, que marchavam com cotonetes às costas.
Sempre que apanhavam alguém a prevaricar, sacavam da sua cotonete e limpavam os ouvidos ao malfeitor. Depois segredavam-lhe: "Não deves fazer isso!"
Com as suas antenas faziam uma dança irreconhecível e, com um enorme sorriso, diziam: "Já está! Agora vai e esquece o ontem... para ti só existe o "agora" e exactamente agora, e daqui para a frente, és uma boa pessoa!"
Na minha cidade que era Lisboa e não era - era um misto do real com o imaginário - deixou de haver criminalidade e os homens e as formigas gigantes coabitavam e eram amigos.
O meu sonho terminou quando, ao passar por uma rua em Alcântara, encontro um grupo de meninos pessoas e um de meninos formigas gigantes de mãos dadas numa roda de sorrisos...
Acordei sobressaltada e a cantar: "Eles não sabem nem sonham, que o sonho comanda a vida..."