sexta-feira, junho 30, 2006
Sente-se...
Quer se queira quer não, é impossível ficar indiferente à euforia provocada por este mundial.
Nos últimos dias, tudo, mas tudo mesmo, nos remete para o dia de amanhã...
É óbvio que estou por Portugal e não consigo ficar indiferente... será que algum português consegue?
Eu sou da velha escola, daquela que afirma: sou "cidadão europeu" - claro que sim, mas, mais do que isso e à frente disso, sou português!
E ser português é muito mais do que ser apenas um cidadão de um país: é um estado de espírito...
É-se... sente-se... vive-se...
quinta-feira, junho 29, 2006
quarta-feira, junho 28, 2006
Talvez um dia não seja dia
Talvez nos encontremos, perto do carvalho que trouxe comigo...
Talvez te veja do outro lado da enseada, no local em que plantei a tua lágrima...
Talvez te sinta na areia que voou tempestivamente até mim...
Ou talvez te veja partir com o último raio de sol... nesse dia que não foi escrito no calendário... e te diga apenas adeus... sem nunca te ter encontrado...
terça-feira, junho 27, 2006
A Saudade Aconteceu
Há pouco quando ficaram
Teus olhos presos nos meus
Quantos segredos contaram
Quantas coisas revelaram
Nessa confissão meu Deus
No silêncio desse adeus
Há pouco quando teimosas
Duas lágrimas rolaram
Trementes silenciosas
Deslizaram caprichosas
E nos teus lábios pararam
E nosso beijo selaram
Há pouco quando partiste
Todo o céu enegreceu
Ainda bem que tu não viste
Formou-se uma nuvem triste
Chorou o céu e chorei eu
E a saudade aconteceu
Jorge Rosa, fado na voz de Camané
Senhora do Livramento
Senhora do Livramento
Livrai-me deste tormento
De a não ver há tantos dias
Partiu zangada comigo
Deixou-me um retrato antigo
Que me aquece as noites frias
Senhora que o pensamento
Corre veloz como o vento
Rumando estradas ao céu
Fazei crescer os meus dedos
P´ra desvendar os segredos
Num céu que não é só meu
Senhora do céu das dores
Infernos, prantos, amores
A castigar tanto norte
Porque é que partiste um dia
Sofrendo a minha agonia
E não me roubaste a morte
José Luís Gordo e Alfredo Marceneiro, fado na voz de Camané
segunda-feira, junho 26, 2006
quinta-feira, junho 22, 2006
quarta-feira, junho 21, 2006
O Beija-Flor
Do Dó para o Mi, passando pelo Sol e também pelo Lá, com uma paragem no Ré, um pézinho no Si e um olá ao Fá, o Beija-Flor vai fazendo a sua vidinha sugando o néctar às notas... e fazendo música por cada uma das flores que visita... e num só dia essas visitas podem ir das 1500 às 2000!
Talvez por isso, nunca mais se deixou de ouvir música lá para as bandas do planeta Terra...
terça-feira, junho 20, 2006
segunda-feira, junho 19, 2006
Pelo sonho é que vamos ou ficamos...
Era uma vez uma faca que se cansou de ser apenas faca e resolveu mudar de vida.
Não pode ser! A partir de hoje não vou deixar que me tratem assim, como se fosse apenas uma faca...
Mas é o que tu és... - disseram-lhe os garfos.
Não! Vou mostrar-lhes do que sou capaz...
A partir de hoje vou deixar de ser faca e transformar-me num facalhão!
Só podes estar a brincar! - sussurraram-lhe as colheres.
Estou a falar muito a sério!
Aprendi com os filmes do Harry Potter... encomendei por Internet os pózinhos mágicos... e aqui, guardo uma cábula com as palavras mágicas do Peter Pan...
Estás pronta? - pergunto-me.
Sim, estou pronta! - respondo-me a respirar segurança.
Então aqui vai... com calma... e lá vai....
Palavras mágicas... pózinhos...
Já está!
A partir desse dia a faca que queria ser facalhão virou canivete.
E assim acabou a história da faca farta de ser faca, que um dia quis ser facalhão e deu em canivete.
E vão quatro... noves fora nada... ou a orgia das 4 patas
Era uma vez um animal de quatro patas que tinha, como é normal, quatro patas.
A pata da frente era toda para a "frentex", apesar de conservadora...
A sua irmã, a puxar para o "intelectual de esquerda" não gramava de todo a mana da direita.
Um dia resolveram acordar tréguas e fazer uma festa. Convidaram as patas traseiras e fizeram uma orgia.
As patas da frente foram as que chegaram primeiro... as de trás nem chegaram... deram logo à sola com receio de levarem por trás... pisga-te, pensaram... a rectaguarda é lixada...
O animal de quatro patas não deu por nada, não se apercebeu da brejeirice das patas e continuou a andar e a crescer... sempre de cabeça erguida... como convém...
História sem palavras
- Ò mãe, conta-me uma história!
- Uhm... está bem. Vou contar-te a "História sem palavras"...
- Boa! Essa não conheço.
- Senta-te aqui ao meu colo e presta muita atenção...
- Sim mãe, começa lá...
- .....
- Era bonito?
- .....
- Ah, a fada?
- .....
- Que fixe, mãe!
- .....
- E o que é que ela fez?
- .....
- Que má era essa bruxa!
- .....
- Coitadinha...
-.....
- O cão?
- .....
- Eu sabia, ela é tão querida…
- .....
- É muito bem feita! Ih! Ih! Ih!
- .....
- Está bem, mãe, eu não interrompo mais.
- .....
- A sério?
- .....
- Veio num cavalo branco e castanho com pintinhas?
- .....
- Desculpa mãe, não digo mais nada.
- .....
- A... Eu calo-me!
- .....
- E fizeram sexo?
- .....
Foi nesta parte que a mãe olhou a filha de 5 anos e ficou sem palavras... de verdade…
domingo, junho 18, 2006
sexta-feira, junho 16, 2006
O que será, será
Ele olhou a sua fotografia e pensou:
É amanhã! Amanhã vou pedir a sua mão e ela será minha para sempre!
Sorriu e adormeceu tranquilamente.
No dia seguinte, foi à casa dela com um ramo de rosas vermelhas, um anel de rubi e o coração a saltar-lhe do peito...
Bateu à porta...
Um anjo veio abri-la...
Ele tentou fixá-lo mas a luz que irradiava era tanta que o cegou e ele caíu ao chão...
Acordou, numa nuvem, coberto de pétalas vermelhas, com o coração nas mãos e um rubi cravado no peito.
A seu lado, um anjo segurava-lhe a mão.
Ele estremeceu!
Era o anjo que lhe tinha aberto a porta da casa dela...
E o anjo não era ela!
Era a mãe dela!
Ficaram juntos por toda a eternidade...
quinta-feira, junho 15, 2006
terça-feira, junho 13, 2006
Este mar...
Pois é, ficámos aquém e não além mar...
Também as expectativas eram enormes...
Cabeça nas nuvens, pés acima da cabeça...
Mas este mar é muito português...
"Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal..."
Tenho a certeza que ontem, aqui e além mar, foram muitos os que deram o seu contributo para este sal...
Outros tantos para os 3 pontos que conseguimos...
"Heróis do mar, nobre povo..."
Portugal é assim!
domingo, junho 11, 2006
quinta-feira, junho 08, 2006
quarta-feira, junho 07, 2006
Conversas de café... ou "love is in the air"
Noutro dia de manhã, fui tomar o pequeno-almoço ali, ao café da esquina e, contrariamente ao que costumo fazer (nunca me sento), sentei-me numa das mesas do canto.
Na mesa ao lado, um casalinho na casa 30 (por aí) tomava o café da manhã e conversava animadamente.
- Não te quero chatear, querida, mas é verdade: estás cada vez pior!
- ...
- Vá lá, tu sabes... a desarrumação que vai por lá e tu não consegues dar conta...
- ...
- Prontos, pá... já está com cara de burro! Ouve lá, não te estou a criticar...
- Pois...
- Pá, não é uma crítica negativa...
- Sim...
- Prontos, pá... mudamos de assunto, está bem?
- Acho melhor...
- Foste à escola ontem? O que é que a professora queria?
- Ainda bem que falas nisso... os putos estão cada vez pior... mal-educados que nem fogo...
Já não sei o fazer. A professora fez-me queixas... então não é que a miúda andou à bulha com outra... acho que lhe deu uma dentada no braço... a outra teve que ir ao posto médico e tudo... e a nossa ainda mandou a professora para o c... quando esta lhe ralhou!
- Mal-educados, merda! Tu também os deixas fazer tudo... estás a ver? Depois é no que dá...
- Ah, sou eu...
- Não venhas com essa merda... isto não é uma crítica... tu sabes... mas a verdade é que tu estás sempre a dar-lhes tudo... a fazer-lhes as vontadinhas... não podes... e não lhes ensinas, como é que hei-de dizer... regras, pá! Percebes? Os miúdos precisam de regras...
- Como as que tu lhes ensinas...
- Eu sei que não tenho tempo... o que é que queres, o serviço é muito... percebes?
- Percebo muito bem! A culpa dos miúdos mandarem a professora para o raio que a parta é minha.
- Prontos, pá... lá começas tu com essas merdas.
- Não... não arrumo a casa... não trato bem dos miúdos... sou uma merda de mãe... e mais quê?
- Prontos, pá... não se pode falar contigo... levas sempre para a crítica e não te estou a criticar...
- Pois, tens razão... tens sempre razão, não é? Aqui o traste sou eu...
- Por aí não... deixa-te dessas merdas... não desconverses... vá lá...
Prontos pá, não falemos mais disto, está bem?
- ...
- E depois tu sabes que até fazes umas coisinhas jeitosas...
- Ah sim, não estou a ver...
- Oh querida, vá lá, não podes levar as coisas como pessoais... prontos pá, algumas vezes são críticas... mas no bom sentido, para te ajudar...
- Obrigadinha.
- A sério...
- Claro, claro... olha e diz-me lá uma coisinha que eu faça bem feita... que tu aches bem...
- Vá lá.... não fiques assim... Dá cá um beijinho...
- ...
- Gostaste da noite de ontem?
- ...
- Foi bom, não foi?
- É só no que pensas...
- Um homem não é de ferro... tu estavas demais, sabes...
- Pois, pois...
- A sério... estavas demais... algumas vezes bem que podias soltar-te um bocadinho mais...
- Ah?
- Calma, calma... tu estiveste bem... não estou a criticar...
- ...
- Acho é que podias ser um bocadinho mais... p... (risinhos)
- O quê?
- É pá.... não estou a dizer que foi mau... mas podia ser melhor se tu fosses assim um pouquinho, só um pouquinho, mais cabra, entendes? (risinhos) Os homens gostam de mulheres assim...
- Assim como?
- Tu sabes... (risinhos)
- Uhm... entendo-te... queres tu dizer que foi uma merda... eu sou uma merda... não faço nada bem... merda...
- Prontos, pá... e tu a dar-lhe... não se pode falar contigo!
- Podes, podes...
- É pá isto não é uma crítica... não leves tudo para aí...
- Claro que não... é só a tua forma de dizer que não presto para nada...
- Nada disso! Olha, vou deixar de falar contigo!
- Se calhar é melhor... também não ouço bem... e tenho dificuldade em perceber-te, percebes?
- Fogo, minha! Tu és difícil! Uma pessoa está a falar a bem contigo e tu levas tudo para o mal... mete na cebeça de uma vez por todas: digo-te estas coisas para te ajudar... andas nervosa e só quero ajudar-te... não te estou a criticar de nada!
- Desculpa lá mas não consigo meter na cabeça... a minha cabeça é pequena, não entra cá nada! E sabes que mais? Estou farta! À tua conta o meu ego está do tamanho do teu c... não se vê!
Ouve-se o barulho de uma cadeira a caír...
- Cab...
Talvez isto ajude a explicar a razão pela qual o número de casamentos em Portugal tem vindo a diminuir...
Ou talvez não explique nada...
- Não te quero chatear, querida, mas é verdade: estás cada vez pior!
- ...
- Vá lá, tu sabes... a desarrumação que vai por lá e tu não consegues dar conta...
- ...
- Prontos, pá... já está com cara de burro! Ouve lá, não te estou a criticar...
- Pois...
- Pá, não é uma crítica negativa...
- Sim...
- Prontos, pá... mudamos de assunto, está bem?
- Acho melhor...
- Foste à escola ontem? O que é que a professora queria?
- Ainda bem que falas nisso... os putos estão cada vez pior... mal-educados que nem fogo...
Já não sei o fazer. A professora fez-me queixas... então não é que a miúda andou à bulha com outra... acho que lhe deu uma dentada no braço... a outra teve que ir ao posto médico e tudo... e a nossa ainda mandou a professora para o c... quando esta lhe ralhou!
- Mal-educados, merda! Tu também os deixas fazer tudo... estás a ver? Depois é no que dá...
- Ah, sou eu...
- Não venhas com essa merda... isto não é uma crítica... tu sabes... mas a verdade é que tu estás sempre a dar-lhes tudo... a fazer-lhes as vontadinhas... não podes... e não lhes ensinas, como é que hei-de dizer... regras, pá! Percebes? Os miúdos precisam de regras...
- Como as que tu lhes ensinas...
- Eu sei que não tenho tempo... o que é que queres, o serviço é muito... percebes?
- Percebo muito bem! A culpa dos miúdos mandarem a professora para o raio que a parta é minha.
- Prontos, pá... lá começas tu com essas merdas.
- Não... não arrumo a casa... não trato bem dos miúdos... sou uma merda de mãe... e mais quê?
- Prontos, pá... não se pode falar contigo... levas sempre para a crítica e não te estou a criticar...
- Pois, tens razão... tens sempre razão, não é? Aqui o traste sou eu...
- Por aí não... deixa-te dessas merdas... não desconverses... vá lá...
Prontos pá, não falemos mais disto, está bem?
- ...
- E depois tu sabes que até fazes umas coisinhas jeitosas...
- Ah sim, não estou a ver...
- Oh querida, vá lá, não podes levar as coisas como pessoais... prontos pá, algumas vezes são críticas... mas no bom sentido, para te ajudar...
- Obrigadinha.
- A sério...
- Claro, claro... olha e diz-me lá uma coisinha que eu faça bem feita... que tu aches bem...
- Vá lá.... não fiques assim... Dá cá um beijinho...
- ...
- Gostaste da noite de ontem?
- ...
- Foi bom, não foi?
- É só no que pensas...
- Um homem não é de ferro... tu estavas demais, sabes...
- Pois, pois...
- A sério... estavas demais... algumas vezes bem que podias soltar-te um bocadinho mais...
- Ah?
- Calma, calma... tu estiveste bem... não estou a criticar...
- ...
- Acho é que podias ser um bocadinho mais... p... (risinhos)
- O quê?
- É pá.... não estou a dizer que foi mau... mas podia ser melhor se tu fosses assim um pouquinho, só um pouquinho, mais cabra, entendes? (risinhos) Os homens gostam de mulheres assim...
- Assim como?
- Tu sabes... (risinhos)
- Uhm... entendo-te... queres tu dizer que foi uma merda... eu sou uma merda... não faço nada bem... merda...
- Prontos, pá... e tu a dar-lhe... não se pode falar contigo!
- Podes, podes...
- É pá isto não é uma crítica... não leves tudo para aí...
- Claro que não... é só a tua forma de dizer que não presto para nada...
- Nada disso! Olha, vou deixar de falar contigo!
- Se calhar é melhor... também não ouço bem... e tenho dificuldade em perceber-te, percebes?
- Fogo, minha! Tu és difícil! Uma pessoa está a falar a bem contigo e tu levas tudo para o mal... mete na cebeça de uma vez por todas: digo-te estas coisas para te ajudar... andas nervosa e só quero ajudar-te... não te estou a criticar de nada!
- Desculpa lá mas não consigo meter na cabeça... a minha cabeça é pequena, não entra cá nada! E sabes que mais? Estou farta! À tua conta o meu ego está do tamanho do teu c... não se vê!
Ouve-se o barulho de uma cadeira a caír...
- Cab...
Talvez isto ajude a explicar a razão pela qual o número de casamentos em Portugal tem vindo a diminuir...
Ou talvez não explique nada...