quarta-feira, maio 31, 2006

Rebeldia


Era uma vez um código por decifrar que, talvez por influência do "Código da Vinci", se imiscuiu nos meus sonhos de Primavera.
Decido pôr fim ao sonho e acordo.
Acordo azamboada... sem saber onde estou.
Dou por mim frente à Mona Lisa que me pisca o olho e me sussurra:
"Vá, atira-te ao gajo... ele nem é assim tão mau..."
Tira a mão de dentro do quadro e estende-me uma taça...
"Toma, bebe um golo... é o néctar da eternidade..."
Mas eu não quero ser eterna... contento-me com uma vida de "mortalidade" bem vivida... não sei se estás a ver...
"Balelas... Não te armes em esquisita e bebe isso... vais-te sentir outra..."
Mas eu não quero sentir-me outra...
Então, aquela mão dócil e suave, que até agora segurava o copo, transforma-se e em vez de bebida oferece-me um soco que recebo, sem tempo para recusar...
Não posso acreditar, fui agredida pela Mona Lisa!
Acordo... ah, mas já estava acordada...
Estou mesmo azamboada...
E onde estou?
Um bocadinho alto e eu não gosto lá muito das alturas...
Não! Não é possível... ela está ali a olhar-me... cabeçinha para a esquerda, agora para a direita... sorri e diz peremptoriamente:
"Gosto muito deste! É talvez o melhor do meu velho amigo da Vinci..."
O quê?
Eu virei quadro? Recuso-me...
E eis quando o quadro cai da parede e esmaga a Mona Lisa...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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»

11:09 da tarde  

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